Amor poetizado

 



Só me abraça em silêncio 

Só me abraça em silêncio
Preciso escutar
As batidas do teu coração
Não há
Melhor lugar
No mundo
Do que estar aqui
Em teus braços
Em silêncio
Já vi tal cena
Em filmes de vampiros
Romances
Suspiros
E comédias que falam de amor
Mas isso é mais
Um aconchego
Entre troca de olhares
E segredos...
E quando estou quieta
Sem nuances
Para você
Pareço um pouco menos
Irritante
Não é mesmo?
Posso te vendar com aquele lenço?
E ficar sentindo a fragrância  do teu perfume
Em silêncio
Sem ciúmes
Lourenço
Espera
Não vai embora ainda
Deixe a música parar de tocar
Para que eu não possa sussurrar
Nenhuma palavra
Sou refém
Uma escrava
Desse teu abraço
Que me abraça
Em silêncio








Em homenagem ao "Dia dos namorados" - 12.06.2017 - Segunda-feira, o Amor Poetizado traz uma poesia onde o amor somente acontece em Paris!



Amor em Paris 

Dia dos namorados
Novamente
Estou eu aqui
Por ti
Apaixonado
Mando cartas
Mando flores
E a vizinhança
Continua de rumores
Desse meu amor platônico
Coração
Sinfônico
Ser atômico
Estou meio catatônico
Até inventei um pseudônimo
Irônico?
Sinônimo
Monogâmico de esplendor
Esplendor apaixonado
De um só abraço
De um só beijo roubado
Permaneço calado
Extremamente fascinado
Já tentei de tudo
Mil e tantos absurdos
Mas nem o mundo
Pode compreender
Um romântico como eu
Inspirado
Que nasceu assim
Para amar escondido
Com palavras
Sem sentido
Aprendi com Shakespeare
Imitei Romeu
E por ti
Quase morri de amores
Creio eu
Até hoje
Piegas?
Paixão às cegas?
Minha roupa por acaso
É brega?                                              
                                     

Um violino?
Uma serenata
Já pedi conselhos
Até para uma jovem beata
Já rezei para Santo Antônio
Fiz promessas para São Valentim
Já engordei
Já emagreci
Troquei arroz doce por pudim
E afinal
O que eu posso fazer?
Se tu és
A única rosa vermelha
Ainda viva em meu jardim?
Uma noite de carnaval
Baile de máscaras
Um luau
Uma cigana leu minha mão
Fez meu mapa astral
Eu até escrevi uma poesia
Cantando em um sarau
Uma balada sem ritmo
Dois acordes
Uma sinfonia
Feitiço?
Bruxaria?
Ou mera simpatia?
Dia dos namorados
Nem um bilhete escrito?
Por acaso
Tu não me achas atraente?
Um homem bonito?
Sou um homem de época
Um amante do teu passado
Jantar à luz de velas
Chocolate belga, suíço ou dinamarquês?
Um senhor elegante
De sotaque francês
Um burguês
Talvez
De sentimentos ultrapassados
Que apenas
Passou por aqui
Para desejar-te
Um feliz dia dos namorados!


    Em comemoração ao dia dos namorados, o amor poetizado traz seu primeiro conto!
O amor, ah quem vive sem o amor?
Amo tu, amo eu, amo nós!
A história da Maria Antônia, um conto totalmente fictício e inventado!
Leia com amor!




O AMOR NÃO É POR ACASO

Maria Antônia era uma pessoa que acreditava no amor. Desde os seus cinco anos de idade, ela já era apaixonada por príncipes, princesas, bruxas e rainhas de contos de fadas. Ela dizia para sua mãe que um dia se casaria com um homem perfeito, rico, lindo, loiro, de olhos azuis. Em sua juventude, já mocinha, ela conhecera o seu primeiro amor durante o colegial, mas segundo ela, o rapaz beijava muito mal e o tal namorico não pendurou por muito tempo. Antônia, uma menina muito alegre e risonha, com sardas no rosto gostava de flertar com os meninos que passavam de bicicleta e skate em sua rua, mas nenhum parecia ser aquele tal príncipe dos romances, ou aquele vampiro charmoso da Saga Crepúsculo!
Antônia foi crescendo, o tempo foi passando, os amores de Carnaval e de Verão foram acabando e ela continuava sonhando com seu par romântico e perfeito. Certa vez, ela, louca para casar em estilo Cinderela, entrou num chat de bate-papo e permaneceu teclando até altas horas com o suposto filho do prefeito de sua cidade. Ela nascera no município de Aurora, interior de Santa Catarina. Se até sua cidade tinha nome de princesa, Toninha tinha convicção e certeza de encontrar um bom moço pra namorar. Nessa época, meados de 1998, a Internet ainda era discada, e o famoso “amor online” começava a fazer sucesso nos sites de relacionamento. Antônia, não perdeu tempo, entrou com o nickname (apelido) de Bela Adormecida, e começou a contar a história de toda a sua vida. Ela jurava que nesta noite, o seu grande amor chegaria aos seus braços, já que o nome do canal de bate-papo era “Alma Gêmea”. Tão apressada e entusiasmada, foi logo marcando um encontro para conhecer o príncipe de seus sonhos. Antes disso, trocou algumas fotos por e-mail e achou o tal pretendente “bonitinho”. Afinal, ele se dizia filho do prefeito e isso para Maria Antônia, era um sinal de um bom partido. Foi logo se arrumando e ficando toda emperiquitada. Disse para sua mãe que iria ao shopping encontrar umas amigas e fazer compras.


Chegando lá, no tal lugar marcado, no dia 12 de Junho – dia dos namorados – Maria Antônia sentou-se num banquinho no meio da Praça de Alimentação. Ela pediu um suco de frutas de maracujá para se acalmar e de repente, alguém senta ao seu lado. Um senhor “quarentão” com pinta de galã diz conhecer Maria Antônia. Ela, toda assustada, pergunta se ele era o filho do prefeito. Meio tímido, envergonhado, sem jeito, ele afirma que sim. Como assim? Pensa Antônia... Ela pensara que o menino teria dezessete anos, quase a mesma idade que a sua. Fotoshop? Ou algum creme rejuvenescedor? Um engano? Um ator? Nada disso, era o prefeito que tinha um pouco mais de idade! Maria “fez de conta” que tocou seu celular, se despediu do quarentão simpático, e começou a andar rapidamente. Comprou umas roupinhas, sapatos e maquiagens com o cartão de crédito de sua mãe, que posteriormente, quase teve um “surto psicótico” quando chegou a fatura da compra. Naquele dia, a guria que queria se apaixonar por alguém ficou sem um namorado mais uma vez no fatídico dia doze de Junho.
Ah, mas ela acreditava no amor. Porém, como conquistar ou atrair um “gatinho” interessante? Maria tentou de tudo: alisou os cabelos, andava de minissaia, mostrando suas pernocas brancas, lia dicas e fazia testes nas revistas adolescentes Atrevidinha, Capricho e Todateen, fazia dieta, corria quase todos os dias de top e legging nas ruas da cidade, frequentava muitos bailes e festas. Foram tantas investidas, que ela teve alguns ficantes, casos, casinhos, rolos, peguetes, mas ninguém que a fizesse acelerar o coração. No ano de 2004, com a chegada do Orkut, Maria Antônia decidiu trocar o seu antigo diário e papéis de carta pelas redes sociais. Ela adicionou mais de mil amigos, recebeu muitos scraps, e até levou uma cantadinha de seu chefe por estar bem na foto. Como aos vinte e dois anos, Antônia ainda estava solteira, ela decidiu tentar a sorte fora do Brasil. Ganhou uma bolsa de estudos e foi fazer um intercâmbio cultural em Roma, na Itália. Como era moda estudar inglês na Inglaterra, Estados Unidos e Austrália, ela resolveu mudar e decidiu-se pela língua italiana. Nos finais de semana, pegava o trem e passeava pela Suíça, Eslovênia e França. Fez muitos amigos estrangeiros. Conhecera um italiano sedutor, pelo qual, ela morreu de amor durante algum tempo, até perceber que ele era um cafajeste e que tinha uma amante no interior do Nordeste brasileiro. Durante um ano, Toninha permaneceu viajando pelo mundo, aprendendo novas línguas e conhecendo novos namorados. Em 2005, ela volta solteira para o Brasil, e passa a morar sozinha na cidade de Florianópolis. Ingressa na faculdade de Arquitetura e aluga um apartamento de frente para o mar na praia de Joaquina. Ainda com seu leve e doce ar de menina, consegue um emprego de garçonete e passa a ser tiete de muitos surfistas sarados que frequentavam o reduto do surf na praia do Mole. E Maria Antônia dava muito mole! Quase toda noite, quando tinha luau, ela dançava e cantava, pedindo para as estrelas que trouxessem o seu amor.
Nas festas da faculdade, Maria Antônia tinha uma maior liberdade e flexibilidade para flertar, ficar e se apaixonar. Conhecia um, dançava com outro, dava um selinho em um alguém qualquer que ela nem conhecia, e durante o dia, na sala de aula, ficava cuidando aquele rapaz mais bonito da turma. Fez até amizade com ele para se aproximar, mandava SMS e emotions bonitinhos pelo MSN, mas depois descobrira que ele não gostara de princesas, mas sim de príncipes. Mesmo assim, tornaram-se ótimas “amigas” e fofocavam durante horas pelo telefone. Quando ela saía da faculdade, ainda passeava à tardinha pela praia para ver se não encontrava um surfista gato ou um romântico pescador. Sentava na areia, olhava para o horizonte, rezava para Santo Antônio, jogava uma oferenda no mar, uma rosa vermelha pra Iemanjá, molhava os pés na água para se purificar e caminhava lentamente seguindo o sol que se punha e escondia sua sombra.
No dia seguinte, recebera um recado. Era um ex-namorado que a convidara para sair e tomar uma cervejinha e comer uma casquinha de siri na beira da praia. Era quase Verão, Maria Antônia se maquiou e colocou aquela minissaia rosa Pink toda rendada. Soltou os cabelos e esperou por quinze minutos em frente à calçada de seu prédio. E num jipe amarelo, ele apareceu, por instantes, ela chegou a pensar que havia encontrado o seu Romeu. Entrou no carro sem capota e foram conversando até a Lagoa da Conceição. Apesar de Antônia estar meio desconfiada, aquele momento parecia seu conto de fadas de infância. E o seu ex-namorado, Jorge, parecia tão mudado, diferente, que por minutos ela pensou em se tratar de um presente do santo casamenteiro! Eles romanticamente passearam pelo centrinho da Lagoa, jantaram iscas de camarão e até compraram um artesanato das famosas rendeiras na avenida principal da lagoa. Tudo parecia tão perfeito, até o jipe atolar nas dunas numa trilha a caminho da praia da Galheta. Como já estava escurecendo, o casal aventureiro decidiu passar a noite sob a luz do isqueiro no meio de uma estradinha qualquer. Enquanto Jorge tentava pedir socorro pelo celular, Toninha só pensava: bem-me-quer, mal-me-quer. E quando ele resolve escorar a cabeça ao seu lado para relaxar, e até parece que um beijo apaixonado vai rolar... alguém aparece com o farol ligado. Toca uma sirene, uma buzina bem fraquinha. Ali perto, passa um velho guardinha, perguntando se eles estavam bem. Os dois são socorridos e levados cada um para sua casa. E Maria pensa que até parece que o amor tem asas e voa para longe dela.
Durante a madrugada, sozinha e abandonada, Maria Antônia assiste na televisão diversos filmes que falam sobre o amor, como, “Loucamente Apaixonados”, “O amor não tem idade”, “Amor bandido”, “Amor online”, “Recém-casados”, e lembra-se de seus momentos e histórias amorosas. E como ela não consegue encontrar ninguém para ser feliz e amar, ela decide estudar e se dedicar mais à faculdade. Nesse meio tempo, sonha, chora dormindo, acorda desesperada e rindo, tem encontros e desencontros, namoricos e paixões de Verão. Forma-se em Arquitetura, faz uma especialização em História da Arte e em 2011 ganha uma bolsa de estudos do programa Ciências sem Fronteiras para fazer Mestrado sanduíche em Milão. Posta várias fotos no Facebook e mostra que não está tão infeliz solteira, embora esteja um tanto preocupada que tenha quase trinta e cinco anos e ainda não está casada. Enquanto na Europa, no mês de Fevereiro, se festeja o Valentine´s Day, com diversos slogans, vitrines e cartazes comemorando e enfatizando a essência do amor, no Brasil, é Carnaval, e a folia e os apaixonados se espalham por todos os lados. E Maria Antônia, não sabe se morre de frio, ou se morre de calor, já que ela não consegue viver sem um doce e apimentado amor!
Sem saída, e cercada de amor por todos os lados, ela ainda deseja noivar e encontrar seu príncipe encantado no dia dos namorados. Todavia, almeja que esse sonho aconteça no Brasil, embora tenha deixado algumas dúvidas e incertezas durante o Carnaval de Veneza. Sentada num banco do aeroporto, esperando seu voo, Maria pensa em Jorge, em Matheus, Leonardo, João, Patrício, Benício, Giancarlo, Sebastião e ainda fala no whatsapp com aquele seu amigo gay da faculdade que também já estava casado. Já acomodada no interior do avião, Antônia vê um casal de passageiros brindarem à sua união com duas taças de champagne.  Uma aeromoça com o cabelo loiro todo enrolado distribui o doce bem-casado para todos. Na poltrona detrás, outro casal jovem apaixonado se beija loucamente. Outras jovens meninas, que parecem ser da cidade de Aurora em Santa Catarina estão falando com seus namorados pelo Smartphone. E quando Maria Antônia quase fica de pé para dar um grito meio que enlouquecida, desesperada, um homem aparece, dá um olá e uma risada.


Esse homem é seu conjugue – marido – cupido, amante apaixonado. Ele quem está contando a história de Maria Antônia. Ele quem trouxe e deu o amor a ela. Não se sabe como e nem o porquê, mas ele a conheceu em uma viagem de negócios. Estava indo para um congresso no Rio de Janeiro que falaria sobre o amor, e foi naquela viagem que ela lhe contou de todos os seus amores, até ele estar ali e se apaixonar por ela. Talvez, seja porque o amor não é algo que simplesmente aconteça por acaso. Quanto mais desejamos o amor, mais forte ele acontece. Em algum momento de nossas vidas, ele, o amor estará lá, em algum lugar. Agora ele está deitado numa rede, lá, em Florianópolis, Santa Catarina, comigo, olhando para mim, olhando para o mar, esperando o sol se pôr, esperando o sol deitar. Balança e olha para o céu, amor.    





Desvendável Feitiço 


   Com você eu ficaria
   Mil e uma noites
   Beijaria sem cessar
   À luz das estrelas
   Despida ao luar
   Viveria lendas
   Sentiria seus segredos
   No mais íntimo mistério
   Desvendaria seus medos
   Com todo meu encanto
   Afogaria seu pranto
   Na infinita névoa
   Mostraria a beleza das trevas
   Na brisa da escuridão
   O amor é reluzente
   Acende a mais árdua paixão
   Calafrio no corpo
   Incendeia o coração
  À beira da cama
   Sou tua amante,
   Sou tua dama
   Delírio ou loucura?
   Teus beijos são doces
   Delicados, com ternura
   Ao mesmo tempo
   Sinto irradiar uma forte fissura
   Desejo sucumbido faz
   Minha alma ficar nua
   O assovio do vento
   O som das ondas do mar
   Faz meu pensamento viajar
   Parece que estou em outro lugar
   Homem distinto veio me enfeitiçar...
   Sentimento brilha, faz cintilar
   À luz do meu olhar!
   Até onde, esse amor vai me levar?


   Felicidade, espera, eu te encontrar...



Infinitos amores



Amar, amor, amado,
Casamento, um rolo,
Ou um só namorado?
Um beijo roubado?
Um caso?
Amor por acaso...
Ou amor por acidente?
Amor ausente
Amor de gente
Amor que me pertence
Namoro à distância
Saudades...
Algumas lembranças...
Um namorido?
Fica comigo?
Amor virtual
Amor de verão
Amor de carnaval
Amor de até logo
Amor de tchau
Amor para amar
Amor para flertar
Um amor escondido
Tipo proibido
Romeu & Julieta?
Morreria de amores por mim?
Não?
Sim?
Seria um amor de um mar sem fim...?
Amor de tantas estrelas
Amor que alcança o céu
E atinge o infinito
Quando eu te amo
Eu te vejo tão bonito!
Amor é cego?
Por ti eu grito
Por ti eu choro
Por ti eu berro
Suspiros de amor
Paixão?
Fala, diz
Responde coração!
Que dúvida!
Isso é amor ou paixão?
Ou um simples desejo?
Amor de um beijo só
Amor de dominó
Amor que volta de ré
Amor que dá no pé!
Amor puro, verdadeiro
Que quando está feliz
Canta no chuveiro
Amor que sente teu gosto
Que ama o teu cheiro
Simplesmente amor
Feito de tantos infinitos... 
Fica dito coração
Entendeu?
Ou o meu amor é só teu? 




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