Contos de uma transplantada



   A Elisa é poeta, escritora, atriz, compositora, uma artista que ama a arte, ama chocolate, ama dançar, ama falar, ama estudar,etc, etc, etc, ... Tudo bem, tudo isso nós já sabemos, se clicarmos lá em cima no topo do blog na categoria "sobre a autora".
  Mas, você sabia que a Elisa também é transplantada renal?
  Não?
  Pois é, e ela já fez dois transplantes!
  Dois?
  Sim!
  E por isso, ela criou esta página para falar de seus contos de transplantada, já que seus dois rins têm muitas histórias para contar!




Era uma vez...

Primeiro capítulo: A descoberta

Eu tinha apenas seis anos de idade quando a minha doença crônica foi descoberta.
Nefronoftise!
Que bicho é esse?
É uma doença hereditária, autossômica recessiva, cística medular, que vai afetando a função renal gradativamente através de cistos.
Quer saber mais sobre esta doença?
Acesse
http://www.merckmanuals.com/pt-us/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7a-renal-c%C3%ADstica/complexo-da-doen%C3%A7a-renal-c%C3%ADstica-medular-e-nefronoft%C3%ADsica

Mas somente a partir dos 6 anos de idade eu comecei a apresentar alguns sintomas, como por exemplo:

- Anemia
- Perda de apetite
- Troca de alimentos sólidos por líquidos

E mia madre ho pensato (minha mãe pensou):
"Meu Deus, o que há de errado com essa menina que não quer comer nada!".
Nada, nada, nada, nada mesmo!
Eu somente ingeria líquidos, muita água e sucos, e um "pouquinho" de refrigerantes em festas de aniversários. Sabe como é, festinhas dos anos 80, feitas em casa, bolo, negrinho, cachorro quente, balão surpresa, lembrancinhas, família, amigos, vizinhos, coleguinhas da escola, e tudo que uma criança tinha direito!



Minha mãe me levou ao pediatra, e num dado primeiro momento veio a súbita suspeita de LEUCEMIA!
O quê?

Isso mesmo, Leucemia!
Mas não era nada disso, não menos pior o diagnóstico!
Feito os exames, resultado:
A creatinina lá em cima, passando dos 3.0.
Diagnóstico confirmado:
Nefronoftise.



                                                             Segundo Capítulo


Após descobrir a causa da minha anemia, minha mãe me levou ao nefrologista, e descobriu que a minha creatinina já estava muito alta para uma criança de seis anos de idade. Nesta época, ainda não era recomendado fazer transplantes em crianças, pois além do alto risco, deveria-se perder toda a função renal para posteriormente entrar em diálise peritonial. Foi um longo período de tratamento tomando muitos remédios, injeções, fazendo aplicações de "Eritropoetna" e "Noripurum", e mais e mais exames, mas apesar de tudo isso, tive uma infância perfeita com muita imaginação e criatividade.

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