Amor em Paris








Dia dos namorados
Novamente
Estou eu aqui
Por ti
Apaixonado
Mando cartas
Mando flores
E a vizinhança
Continua de rumores
Desse meu amor platônico
Coração
Sinfônico
Ser atômico
Estou meio catatônico
Até inventei um pseudônimo
Irônico?
Sinônimo
Monogâmico de esplendor
Esplendor apaixonado
De um só abraço
De um só beijo roubado
Permaneço calado
Extremamente fascinado
Já tentei de tudo
Mil e tantos absurdos
Mas nem o mundo
Pode compreender
Um romântico como eu
Inspirado
Que nasceu assim
Para amar escondido
Com palavras
Sem sentido
Aprendi com Shakespeare
Imitei Romeu
E por ti
Quase morri de amores
Creio eu
Até hoje
Piegas?
Paixão às cegas?
Minha roupa por acaso
É brega?



Um violino?
Uma serenata
Já pedi conselhos
Até para uma jovem beata
Já rezei para Santo Antônio
Fiz promessas para São Valentim
Já engordei
Já emagreci
Troquei arroz doce por pudim
E afinal
O que eu posso fazer?
Se tu és
A única rosa vermelha
Ainda viva em meu jardim?
Uma noite de carnaval
Baile de máscaras
Um luau
Uma cigana leu minha mão
Fez meu mapa astral
Eu até escrevi uma poesia
Cantando em um sarau
Uma balada sem ritmo
Dois acordes
Uma sinfonia
Feitiço?
Bruxaria?
Ou mera simpatia?
Dia dos namorados
Nem um bilhete escrito?
Por acaso
Tu não me achas atraente?
Um homem bonito?
Sou um homem de época
Um amante do teu passado
Jantar à luz de velas
Chocolate belga, suíço ou dinamarquês?
Um senhor elegante
De sotaque francês
Um burguês
Talvez
De sentimentos ultrapassados
Que apenas
Passou por aqui
Para desejar-te
Um feliz dia dos namorados!



2 comentários:

  1. De todos os absurdos pensados ou falados
    o que vale é a essência do coração.
    Palavras em forma de poesia
    que nos fazem viajar em desvarios
    por caminhos desconhecidos.

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  2. Que lindo! Singelo e preciso! Parabéns pela forma!

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